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Estresse em pet: Causas e Sintomas

Atualizado: 28 de jul. de 2023



Os animais necessitam suprir suas necessidades fisiológicas, comportamentais e psíquicas para sobreviver num ambiente que está em constante transformação.

A capacidade para interagir e responder a essas alterações é o que possibilita a adaptação e a sobrevivência dos indivíduos. As alterações ocorridas no ambiente e no organismo animal provocam uma quebra do equilíbrio orgânico, em outras palavras da homeostasia, e a capacidade adaptativa sobre estas alterações é chamada de metabolismo do estresse. O estresse visto de uma forma mais clara, é uma resposta fisiológica do organismo provocado pela alteração da homeostasia, que busca fornecer ao corpo subsídios para responder e adaptar-se a estas alterações.

Se houver o prolongamento do processo estressante, haverá transtornos no organismo, refletindo-se em alterações produtivas, reprodutivas, comportamentais e psíquicas. Existe a necessidade de compreender o metabolismo do estresse e a resposta do animal a esta influência. Para isto, é importante entender as causas do estresse em animais domésticos ou silvestres, produtivos ou não, para que se possa agir na minimização de seus efeitos, possibilitando um melhor ambiente para a criação animal.

A ocorrência de transtornos produtivos nos animais, seja por influência antrópica ou ambiental, faz com que a avaliação dos parâmetros do estresse sobre a fisiologia necessitem ser mais precisos, para poder prever as alterações e evitá-las, tornando possível melhorar o bem estar animal. (SANTOS, 2005).

O efeito do estresse no organismo induz a mudanças na secreção de hormônios da glândula pituitária, também chamada hipófise, implicando em falhas reprodução (Rivier e Riviest, 1991), alterações metabólicas (Elsasser et al., 2000), resposta imunológica (Blecha, 2000) e comportamento animal (Moberg, 1996).

O modelo de estresse animal desenvolvido sugere uma resposta biológica ao estresse a partir de três estágios gerais:

1)- o reconhecimento de um estímulo estressante,

2)- a defesa biológica contra o estímulo estressante;

3)- as consequências da resposta de estresse

A resposta ao estresse começa com a percepção de uma ameaça potencial (estímulo estressante) a homeostase pelo sistema nervoso central.

Uma vez que o sistema nervoso central percebe uma ameaça, o organismo desenvolve uma resposta biológica ou defesa que consiste em uma combinação de quatro respostas gerais de defesas biológicas:

- resposta do comportamento;

- resposta do sistema nervoso autonômico;

- resposta do sistema neuroendócrino;

- resposta imunológica.

O conjunto das respostas de defesa do organismo causa mudanças biológicas significantes no animal para aliviar a ameaça percebida. O último estágio de resposta ao estímulo é que determinará se o animal está sofrendo de estresse ou meramente experimentando um episódio breve em sua vida sem nenhum impacto significante ao seu bem-estar.

Os primeiros sinais que são vistos frente ao estresse são as mudanças comportamentais, em cães e gatos podemos fazer uma distinção sobre problemas de educação e problemas comportamentais, para facilitar a compreensão do comportamento e buscar uma melhor solução.

Problemas de educação são aqueles relacionados à obediência, fugir por portas e portões, pular em pessoas, não vir quando chamado, latir para chamar atenção, arranhadura em móveis, micção fora do local adequado, entre outros. Os problemas comportamentais estão associados diretamente ao estresse, principalmente ambiental, pela falta de estímulos adequados, alimentação apropriada, o não suprimento das necessidades básicas da espécie, com isso o animal tem uma mudança de comportamento, se tornam animais extremamente ansiosos, medrosos, reativos e agressivos.

Esses comportamentos ansiosos, medrosos, reativos e agressivos se mostram efetivamente, através de coceiras, latidos persistentes, destruição e deglutição de objetos inapropriados, sobressaltos, busca por moscas invisíveis, agressão direcionada a membros da família, agressão direcionada a indivíduos da mesma espécie, medo de ruídos e barulhos diversos, lambeduras excessivas em diversas partes do corpo, automutilação de patas e cauda, entre outras manifestações.

Depois dessas manifestações comportamentais irão surgir em um curto espaço de tempo problemas de saúde físicas, epilepsia, convulsões, comportamentos repetitivos, problemas gastro e endocrínicos, problemas de pele, problemas cardíacos, hepáticos, renais, e diminuição da imunidade levando a diminuição da expectativa e qualidade de vida.

Para prevenirmos problemas de comportamento, os tutores devem procurar informações e ajuda de profissionais da área, principalmente Zootecnistas e médicos veterinários, especializados em comportamento animal, a respeito das necessidades básicas da espécie, socialização, nutrição, atividades adequadas à espécie, enriquecimento ambiental, comunicação e saúde.

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